4 de fev. de 2012

Mulher-Maravilha - AVC

Há muito que a invencibilidade de um super-herói me deixou.  Acho que com os sustos que levei, consegui encarar a transitoriedade da vida como poucos.  Mesmo assim eu vou.  Sabe-se lá pra onde, mas eu vou!

Ainda luto como uma mulher-maravilha, defendendo-me com os meus braceletes sei-lá de que.  Sim, me coloco à caráter e lá vou eu, como se nada tivesse acontecido...  Tanta coisa mudou, que não dá nem pra situar vocês.



Mas eu tenho medo. Sim, tenho muito medo.  Medo de esquecer essas sensações que estou vivendo e voltar para a Terra, como uma simples mortal.  Quantos têm a chance de ter consciência de suas conquistas???  Chorar ao andar pela primeira vez, rir com um movimento do braço que é novo/velho, comemorar a sprayada de um perfume, e por aí vai.

No caso de voltar à condição de mera terráquea, corro o risco de entrar de novo no rede-moinhos das preocupações:  contas a pagar, trabalho, depilação (sim, sou mulher), cabelos, unhas, etc. Não quero cair nessa armadilha e me esquecer.

Mas como faço para não cair?  Não sei.

Li outro dia uma frase que é a mais pura verdade: caridade tem que ser anônima, caso contrário é vaidade! (vi no blog do "CD").  É como a frase de Mark Twain "If you tell the truth you don't have to remember anything." Fica a "deixa" para refletir...

Essa é uma tarefa difícil, mas tento me tornar uma pessoa melhor sempre que encaro obstáculos à minha frente.  Dei uma caminhada mais longa.  Minha perna cansa.  Tenho que ir treinando.  Assim vou superando, um a um.  Paro e penso no movimento, como nunca tinha feito.  A passada melhora.  Incrível a nossa cabeça... O que arrastava então, não arrasta mais.

Sim, minhas atividades estão sendo milimetricamente pensadas.  Como nunca antes.  O cérebro condiciona o corpo, ou o corpo condiciona o cérebro?  Acho que são as duas opções.

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